Por que a cultura?


Quando exigimos um Ministério para Cultura não se trata de culturalismo e sim da existência de discussões acerca dos rumos democráticos das artes e das livres manifestações culturais, de protejos culturais que contemplam a complexa diversidades de manifestações artísticas e culturais de nosso imenso Brasil.

A crise de nossa democracia, bem como disse ontem o israelense Yuval Noah Harari numa conversa promovida  pela Cia das Letras no Memorial da América Latina, ao ser questionado acerca da crise das democracias ao redor do mundo foi: trata-se de crise de narrativa, devido muitas mudanças evolutivas que ainda não sabemos 'utilizar' a nosso favor.

(teóricos adeptos ao pós-estruturalismo dizem que o sujeito pós-moderno tem aversão às narrativas, porém o que vivemos atualmente com os movimentos populistas é diferente, uma vez que esses 'compram' apenas um lado da história).

"É preciso reinventar os direitos trabalhistas e sociais. É preciso reflexão acerca de como aprender e continuar através do pensamento flexível e inteligência emocional e não apenas por habilidades técnicas rasas. Em era digital, os algorítmos nos captam pelas fragilidades..."

A boa gestão da cultura, não regulamenta o que é espontâneo, mas difere e cria caminhos para essa manifesfação, bem como de outras produções culturais sociais mercadológicas - essas sim devidamente regulamentadas - além de ajudar a promover seu valor simbólico, imaterial e econômico, contribuindo assim para uma identidade cultural brasileira forte, plural e global, uma vez que o nacionalismo crítico não é odiar estrangeiros e suas culturas e sim amar seus compatriotas, forjar uma potente narrativa acerca dos bens imateriais que dão sentido à cultura e identidade brasileiras.

H. Silva Leão


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