“homini lupus homini”

Tudo cabe em minhas palavras
Minha complexidade emaranhada integra-se
às contradições e aporias
Do mundo 

Iniciei uma pesquisa que há muito me cobra tempo 
e o que mais valerá dela será o
processo 
uma crença que não me importa se você também acredita  
porque acreditando ou não 
Algo está a nossa espera 
e em comum 

Você é um canto de amor num campo de batalha ou 
você é um grito de guerra num espaço de amor? 

Quando volto à natureza na mais remota lembrança 
algo era puro e indefeso e 
desejante e
tão egocêntrico que necessitava de seu eu e de um outro eu. 
Que via como se a si.
Gregário.

A sociedade corrompe a pureza 
Somos produtos do meio ou
o instinto egoísta e a tendência para satisfação dos desejos 
imperam acima de tudo?
Não sei...
Mas o comum tá aí 
tá posto 
O cenário, a narrativa que constroem 
é de guerra. E sendo assim eu sou amor

Será que é real? 

Ou está tudo tranquilo e as coisas acontecem, porque existe uma ordem, 
um pacto para o movimento...
da natureza selvagem contra os homens puros, 
os bons selvagens pecaminosos?
E sendo assim eu sou um grito de guerra. 

Uma máquina imaginária e simbólica 
que funciona, porque o divino também permite e rege e age? 

E querem que eu seja o inverso 
E eu não sou o que querem 

a mim que estou farto dos hipócritas 
Cansado das mesmas reservas 
Só faço lutar diariamente contra mim mesmo 
Reaprendendo a ver 
A sentir
A ter
A ser 
A desejar 
Seja em campos de batalha, 
seja em espaços de amor. 

Em meus textos tudo cabe
Minha imaginação voa,
porque iluminada pelo sol em gêmeos
um leão 
em plena luz da lua
picado por um escorpião
em plutão 
o veneno serviu de antídoto 
para decantar e elaborar o que há
de mais profundo da descoberta

E o segredo só a quem é de verdade
poderá ser quebrado 
porque ele pesa

Os labirintos são caminhos que
Só um outro coração que foi desejado 
lançaria o fio dourado
para que depois do outro perder-se
Possa voltar-se de onde saísse. 

Aqui eu escondo a real, 
é que de tanto amar eu quis sair
nunca me perdi
porque sempre soube voltar,
pelos fios sempre alçados
mas quem eu encontro no caminho... 
a depender de sua crença independente da minha
movimenta-me a partir ou cativar. 


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