foi dada a largada

Pois a crise gera infinitas possibilidades. E se estamos em constante crise, como escolher um caminho, que não seja apenas convincente para alguns. Algo precisa nos unir. A cultura precisa construir simbolismos, não ilhas isoladas, muito menos amansamento de corpos extasiados com a incrível velocidade que a humanidade construiu. Talvez pelas tantas vias de construção de subjetividades perdemos os consensos, mas aprendemos a viver com a diferença, para com e contra ela, esse é o ponto, como conciliar tantas visões distintas e complexas, sabendo das premissas de ser humano. A saída da crise é um encontro com nós mesmos, com nossa identidade, nossa nação, nosso povo, nosso continente, nosso mundo. Eu, ao mesmo tempo que penso o coletivo, vivo numa constante entre entrar e sair de dentro de mim, de meus pensamentos caudalosos, para pensamentos mais práticos e colaborativos. Às vezes consigo trazer o retrato do presente através de experiências pessoais, às vezes o externo me aponta possibilidades. Através dos acontecimentos monstruosos inauguro as poesias de crise.


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