Dar vazão
Poesias monstruosas: "Quem suporta sem nenhuma vergonha a contradição? Ora este contra-herói existe: é o leitor de texto; no momento em que se entrega a seu prazer. Então o velho mito bíblico se inverte, a confusão das línguas não é mais uma punição, o sujeito chega à fruição pela coabitação das linguagens, que trabalham lado a lado: o texto de prazer é Babel feliz." Roland Barthes
Não preciso me manifestar
Percebe o caos?
Nem preciso me deter
O que não digo pulsa
Sem o menor esforço
Sigo...
Todas as formas de amar, de arte, de inteligência, de gratidão
Será que calar vale à pena?
Às vezes a dor fala mais alto
Às vezes eu passo dos limites
Às vezes me surpreendo comigo mesmo
Eu mesmo recolho meus cacos, mas sei que eles não existem. Estão todos inteiro.
A dúvida já não me faz mudar
A mudança já não me faz medo
O medo da morte já não existe
Li uma carta para felicidade
As palavras ditas manifestadas por vezes me confundem
Prefiro as estáticas sobre o papel,
Verdadeiras e abstratas
O sono bate
A mente não pára
O sonho me alucina
Meus amigos choram
Meus conhecidos gozam
Minhas amantes mantém distância
Meu amor se resumia a um único, egoísta
Daí acordo
A lucidez me acompanha
Meus amigos e colegas e
amantes me ensinam que tem hora pra tudo
Pra compartilhar e amar o amor
Pra vazar e fluir
Voar e cair lá do sol, pra escuridão
E voltar pra terra.
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